3 boas HQs para ler
Nas últimas décadas, as histórias em quadrinhos têm deixado de ser vistas apenas como uma leitura fácil e por vezes infantilizada, para alçar ao patamar de obras de arte....


Nas últimas décadas, as histórias em quadrinhos têm deixado de ser vistas apenas como uma leitura fácil e por vezes infantilizada, para alçar ao patamar de obras de arte. Com conteúdos que podem trazer desde críticas políticas, sociais e econômicas ferrenhas, à própria forma de se pensar a arte, as HQ’s se colocam no cenário cultural como um importante veículo que traz reflexão, diversão e beleza para as mais diversas idades. Abaixo, segue uma lista com algumas dicas de HQ’s que romperam com as barreiras da considerada “leitura fácil”.
1– O Cavaleiro das Trevas
É uma história do Batman, escrita e desenhada por Frank Miller em 1986, dividida em uma minissérie de quatro edições. O enredo traz um Bruce Wayne mais maduro e mais amargo, que, tendo aposentado seu uniforme de morcego há dez anos, tem que lidar com seus traumas do passado. Com o aumento da criminalidade em Gotham City, o Batman se torna necessário. Em um mundo em que os heróis foram forçados a se aposentar e que o único em atividade é o Superman, as opiniões da população acerca desse retorno do Homem Morcego ficam divididas. Assim, o governo coloca o Superman no encalço do Batman.

2– Watchmen
Criação de Alan Moore e Dave Gibbons também em 1986, é uma história que, junto com O Cavaleiro das Trevas, inseriu as HQ’s em um novo patamar de arte trazendo novas abordagens e temas mais sérios. Na década de 80, o mundo fica em suspenso na ameaça de uma possível guerra nuclear perpetrada pelas duas grandes potências inimigas: EUA e URSS. É nesta realidade tensa que surge Watchmen. A história se inicia com o assassinato de um herói aposentado, o Comediante. A partir das investigações tanto da polícia quanto as de Rorscharch, ex-colega da vítima e um herói que se recusou a se aposentar quando o governo assim o ordenou, a trama se divide em subtramas que problematizam a natureza humana, o bem e o mal intrínsecos ao indivíduo, e as próprias consequências do uso desenfreado da ciência e tecnologia.
3– A Liga Extraordinária
Essa é também uma criação de Alan Moore, com desenhos de Kevin O’Neill. Trata-se de uma equipe de heróis que se ocupam em defender a Grã-Bretanha das forças do mal. A ideia seria a mais comum possível no mundo dos quadrinhos se não fosse o fato de estes heróis terem saído de romances da literatura clássica. Em 1898, Campion Bond, um agente da inteligência britânica, pede que Mina Murray (Drácula, de Bram Stocker) encontre certos indivíduos que possam fazer parte de um grupo, sendo eles: Allan Quatermain (personagem de As Minas do Rei Salomão, de H. Rider Haggard); o Capitão Nemo (As 20.000 Léguas Submarinas, de Júlio Verne); Dr. Jekyll e Mr. Hyde (O Médico e o Monstro, por Robert Louis Stevenson); Hawley Griffin (O Homem Invisível, de H.G. Wells), entre outros como Dorian Gray (O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde) e Tom Sawyer (As aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain).
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